Poesia do Jovem Moderno
Venham ver o que muitos queriam fazer;
Gritar pelas ruas, transcender
Como uma perua desvairada
Que dorme na parada
Entrega-se ao momento
E esquece-se da estrada.
Já o medo da vida social
Do chique a padecer
Da vontade de dar o corpo
De entregar-se ao prazer.
Quantos sonhos de consumo
Os homens procuram ter
E vivem assim sem rumo?
Consumismo, contas a pagar, SPC,
Talvez, um bom emprego
Seja a fonte de realização
Para quem não tem o que fazer
Que pela vontade de beber
Entrega-se à depravação
E não teme se morrer.
Jovens que se iludem
Na vida que todos querem
Mas, que no fim não aderem
O corpo perdeu a graça
Já não tem mais aquela massa
A idade devastou
E a pelanca que restou
Um romântico, idealista
Foi quem reaproveitou.
Prostitutas, assim sejam
E só os donzelos é que reclamam
Pois, se ninguém os amam
A injustiça é procurar migalhas.
Raparigas, rodadas,
Por muitos possuídas
E até mesmo o virgem
Que a trata como moça
Se depara com a desilusão
No fim quando muitos a comeu
Esse otário se rendeu
E com ela faz união.
No viço e no vigor,
Dá a todos, se exalta
Enxerga todos lá da alta
E rebaixa os que esperam seu sim
E quando sua beleza chega ao fim
Recorrem aos idiotas
Que perdem tudo o que conquistou
Para sustentar quem ele adotou
Como mulher em sua vida.
Por isso que no auge se exaltam
Enquanto por muitos é desejada
Porém, na hora marcada
Da idade, da decadência
Se aquecem na ciência
E comportam-se com os otários
Com quem antes fazia chacota
E sórdidos comentários.