À
primeira vista achei semelhante
E vi que
já era a segunda
Vez, que
de mim a vi diante
Tão linda
numa humildade profunda
E um
olhar tão sereno, como o diamante
Azuis,
lapidados, a alma fecunda
Como se
estivesse ali um novo tema
E assim,
a reencontrei num poema.
Seu corpo
escultural cheio de vida
Entrelaçados
na sua idade com frescor
Fez-me
descobrir que nutrida
De amor,
estavas ainda em seu vigor
Pois, a
juventude de outrora já amadurecida
A fez
mulher e lhe deu mais pudor
E na
lembrança, dela o que mais fascina
É a sua
face inocente de menina.
Comparando
cada passo, reparei na silhueta
Que o
vestido longo e bem comportado
Ostentava
a sua beleza desde antes ninfeta.
Hoje,
quando a vi, eu, tão calejado
Da
solidão, minha mais nova faceta
De poeta,
do primeiro amor enamorado.
A
saudade, a perda, a dor da separação
Em seus
braços entorpeceu a ferida do coração.
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