F. J. Hora, 25-12-2008
Como se não fosse natal,
Escandalizo-me com meu pensamento
Pois, ele em mim está atento
A um desejo bom, mas fatal
E para mim não há mais mal
Do que esse meu tormento!
Como se não fosse desejo
Queria que fosse amor
Porém, bem sei que não é
É paixão de homem com mulher
É emoção, solidão ou dor!
Dentro de mim uma longa tortura
A imaginar-me no leito
Com ousadia e pouco respeito
Ao ver tamanha figura
Do objeto do meu desejo
Que não me satisfaz com o beijo
E sim toda a ternura.
Como se não fosse o que é
Queria que fosse o que já foi
Não quando vivia na solidão
Dos meus pensamentos,
Mas, livrar-me dos ventos
Dessa minha triste ilusão.
É ilusão, mas não queria
E para mim a canção soa
Essa triste e suave melodia
Como se não fosse a poesia
Que me lembra uma pessoa.
Não posso morrer de paixão,
Tampouco mataria-me o desejo,
Mas, de amor seja a solução
Que enquanto eu tiver nessa prisão
Não quero do mundo outro estado
Amando sem fim, sem parar
Porque para mim não morre
O que como o rio, corre
E seu destino é o mar
O mar, amar e amar!
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